Dependendo da idade e da etapa de vida da pessoa com discalculia, devem ser considerados determinados sinais de alerta:
Dificuldade em compreender o sentido do número;
Dificuldade em aprender a contar: a criança “salta” certos números e/ou tem dificuldade ao mudar de dezena;
Dificuldades na identificação de números: quer a nível visual (trocas entre o 2/5, o 3/8 ou o 6/9) quer a nível auditivo (dificuldade em estabelecer a associação auditivo-visual);
Dificuldade em memorizar números;
Dificuldade em organizar objetos de uma forma lógica: por formas, cores ou tamanhos (círculos e quadrados, pequenos e grandes, etc);
Dificuldade em reconhecer grupos e padrões;
Dificuldade em usar conceitos comparativos tais como: maior/menor; mais alto/mais baixo;
Dificuldade em associar a ideia do número à forma como ele existe no mundo. Por exemplo, o número 3: 3 mesas, 3 crianças, 3 lápis;
Dificuldades na lateralidade: a criança tem limitações na distinção entre a esquerda e a direita.
Dificuldade em compreender a linguagem e os símbolos matemáticos: “diferença”, “soma”, “igual”, “+”, “-“, “=”, etc.;
Dificuldade em compreender o valor obtido pela modificação de um número: limitações em perceber que os números 560, 605 e 506 são diferentes, apesar de constituídos pelos mesmos três números (“5”, “6” e “0”);
Dificuldade em resolver problemas matemáticos básicos através da soma, subtração, multiplicação e divisão: a criança não compreende que 5 é o mesmo que 3+2 ou o mesmo que 4+1, que 5+4 é igual a 4+5, ou que 8x2 é igual a 2x8;
Dificuldade em desenvolver competências para a resolução de problemas matemáticos mais complexos;
Fraca memória de longo prazo para funções matemáticas;
Pouca familiaridade com o vocabulário da matemática;
Dificuldade em resolver problemas matemáticos de forma oral, nomeadamente no caso de problemas muito extensos, e na presença de informação desnecessária e demasiadas abreviaturas;
Dificuldades na compreensão do conceito de medida: a criança tem limitações a medir a distância entre dois objetos;
Relutância em participar em jogos que requeiram o uso de estratégia;
Dificuldades visuo-espaciais na leitura e escrita de números;
Dificuldade em identificar as horas, por não conseguir distinguir o ponteiro das horas e dos minutos. Em relógios analógicos, a criança aprende a dizer as horas certas e as meias horas, mas tem dificuldades com os restantes intervalos de tempo;
Dificuldade em compreender o valor das moedas: a criança não compreende que uma moeda de 1 euro é igual a 2 moedas de 50 cêntimos ou 5 moedas de 20 cêntimos.
Dificuldade em fazer cálculos mentais, estimar custos e realizar orçamentos (por ex: fazer contas de supermercado, calcular quantos dias faltam para as férias, etc.);
Dificuldade em aprender equações e problemas matemáticos mais complexos;
Dificuldades com o conceito de tempo, frequentemente resultando em baixa pontualidade, sérias limitações no cumprimento de prazos, e dificuldade em estimar o tempo que um evento poderá durar;
Dificuldade em encontrar várias alternativas possíveis para a resolução de um problema matemático.
Facilidade em falar, ler e escrever, mas dificuldades na contagem numérica e na resolução de problemas matemáticos;
Boa memória para letras escritas, mas fraca memória na leitura de números, quer individualmente ou em sequência;
Facilidade em aprender e processar conceitos de matemática básicos, mas muitas dificuldades quando são exigidas capacidades de cálculo e organização mais complexos e específicos;
Baixo sentido de orientação: a criança desorienta-se facilmente quando há mudanças na sua rotina;
Baixa memória a longo prazo: a criança é capaz de resolver um problema de matemática num determinado dia, mas no dia seguinte já não é capaz de fazer o mesmo exercício.
